O campo magnético do Sol se inverteu: entenda o que aconteceu e o que isso significa para a Terra
Em 14 de maio de 2025, o Sol atingiu um marco significativo em seu ciclo de atividade: a inversão completa de seu campo magnético. Esse fenômeno, que ocorre aproximadamente a cada 11 anos, marca o ponto médio do ciclo solar e está associado a um aumento na atividade solar, incluindo manchas solares, erupções e ejeções de massa coronal (CMEs).

O que é a inversão do campo magnético solar?
Assim como a Terra, o Sol possui um campo magnético, mas, diferentemente do nosso planeta, o campo solar é altamente dinâmico e se inverte periodicamente. Durante essa inversão, os polos magnéticos norte e sul do Sol trocam de lugar. Esse processo não ocorre instantaneamente; é gradual e pode levar meses para ser concluído.
A inversão é um indicativo de que o Sol atingiu o "máximo solar", o período de maior atividade em seu ciclo. Durante esse tempo, há um aumento significativo no número de manchas solares e eventos solares intensos, como as erupções de classe X.
Eventos recentes confirmam o máximo solar
No mesmo dia da inversão, 14 de maio de 2025, o Sol emitiu a mais poderosa erupção solar do ano até o momento, uma erupção de classe X2.7. Erupções dessa magnitude são as mais intensas na escala de classificação solar e podem ter impactos significativos na Terra, incluindo interferências em comunicações de rádio, sistemas de navegação e redes elétricas.
Além disso, essas erupções podem resultar em auroras espetaculares, visíveis em latitudes mais baixas do que o habitual, devido às interações entre as partículas solares e o campo magnético terrestre.
Impactos na Terra e precauções
Embora a inversão do campo magnético solar seja um fenômeno natural e esperado, seus efeitos podem ser sentidos na Terra. As principais preocupações incluem:
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Interferência em comunicações: Erupções solares podem afetar sinais de rádio e GPS.
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Riscos para satélites: Aumenta o risco de danos a satélites devido à radiação intensa.
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Auroras intensas: Possibilidade de auroras visíveis em regiões mais ao sul do que o normal.
Agências como a NASA e a NOAA monitoram constantemente a atividade solar para prever e mitigar possíveis impactos.
O que esperar nos próximos meses?
Com o Sol no auge de seu ciclo de atividade, é provável que continuemos a observar eventos solares intensos nos próximos meses. A previsão é que o máximo solar continue até o final de 2025, com uma gradual diminuição da atividade a partir de então.
Para os entusiastas da astronomia e observadores do céu, este é um período emocionante, com maiores chances de testemunhar auroras e outros fenômenos relacionados à atividade solar.